segunda-feira, 29 de novembro de 2010

HISTÓRIA DO BOXE

Todos os animais tem uma forma natural de lutarem para se defenderem de predadores ou para competir com outros de sua espécie, seja por comida, pela fêmea ou pelo comando do seu bando e, assim como os animais irracionais todos seres humanos tem um instinto de se defenderem quando ameaçados, mas, com o passar dos séculos o homem criou padrões de comportamentos civilizados dentro do que é considerado educação e moral com uma série de direitos e deveres, que fizeram com que o homem civilizado não necessita-se mais entrar em confronto "corpo a corpo" para resolver qualquer desentendimento. Porém o ato de lutar não deixou de ser um algo do comportamento humano e por todo o mundo foram criadas diversas lutas, chamadas artes marciais ou arte de Marte, (deus da guerra), podendo ser traduzido então como a arte de guerrear.

          O boxe é uma luta na qual o lutador utiliza somente os punhos para atacar seu adversário e os primeiros registros deste tipo de confronto datam de 3000 antes de Cristo, no Egito, onde os  lutadores se enfrentavam  para  homenagear  o  soberano.  Em  688  antes  de  Cristo,
passou a ser parte dos Jogos Olímpicos da Grécia. Naquela época o  combate  era  feito em um  único round  onde a  luta  perdurava  até  o  adversário   cair   ou   simplesmente desistir.

          Os lutadores usavam uma longa tira de couro enrolada nas mãos para evitar que estas se lesionassem e aumentar ainda mais a potência dos golpes.

          Com o domínio romano sobre a região o esporte foi alterando e os lutadores passaram a brigar até a morte do adversário. O boxe, então, só prevaleceu até a queda do império. Depois, ficou parcialmente esquecido, voltando quase 300 anos depois, de punhos nus, na inglaterra. James Figg foi o primeiro campeão oficial em, 1719.

          Em 1867, o Marquês de Queensbarry, com ajuda do boxeador John Grahan Chambers, estabeleceu um padrão para as lutas, conhecido como as "Regras de Queensbarry", baseado nas regras de esgrima. Cada assalto deveria ter 3 minutos e contagem de 10 segundos para nocaute.

          Em 1896, com a volta dos Jogos Olímpicos, o boxe foi excluído do rol de esportes nobres, sendo qualificado de indigno e perigoso.

          Antes do boxe se oficializar, as lutas eram realizadas clandestinamente e eram proibidas pelas autoridades policiais. No dia 07 de fevereiro de 1882, na cidade de Mississipi, aconteceu a primeira luta oficial envolvendo os pesos pesados John Lawrence Sullivan e Paddy Ryan.

          Só em 1904, em Sto Louis, nos EUA, é que o boxe entrou para valer nas Olimpíadas. Mas acabou ficando de fora, porém, dos jogos Estocolmo, em 1912 (o esporte era proibido na Suécia), voltando em definitivo em 1920.

          Na década de 20 o boxe cresceu, projetando grandes campeões como Jack Johnson, primeiro negro a conquistar o título mundial da categoria dos pesados. Nos anos 20 e 30 o destaque foi Jack Dempsey, para muitos o maior pegador da história do boxe e Gene Tunney, que venceu 2 vezes Dempsey, uma em 1926, e outra em 1927.

          Joe Louis destacou-se nas décadas de 30 e 40, para a grande maioria o melhor da categoria máxima em todos os tempos. Nos anos 50 foi Rock Marciano, que retirou-se invicto com 49 lutas, em 1956.

          Cassius Clay, nas decadas de 60 e 70, (posteriormente chamado de Muhammad Ali, inegavelmente o mais técnico da sua categoria). Ele encerrou a carreira em 1981.

          Nos últimos anos o lutador Mike Tyson destaca-se pela forma decidida como atua e como define as lutas por nocaute.

          O boxe é hoje dirigido principalmente por quatro organizações: Associação Mundial de Boxe (AMB), criada em 1962, Conselho Mundial de Boxe (CMB), em 1963, Federação Internacional de Boxe (FIB), em1983, e Organização Mundial de Boxe (OMB), em 1988. Há outras entidades, cerca de 14, porém, são estas que comandam o boxe no mundo, reunindo os melhores lutadores e possuindo maior estrutura econômica.

          A principal função dessas entidades é organizar combates por categoria de peso entre os lutadores inscritos em sua organização e, através de eliminação, eleger um campeão por categoria, passando-lhe um cinturão que deverá ficar guardado com ele enquanto estiver com o título. Uma vez campeão, o lutador terá que fazer quantas defesas forem necessárias, de acordo com a indicação de sua entidade, para manter o cinturão, porém, nunca mais de 4 por ano. Além disso, o lutador poderá desafiar o campeão de sua categoria de peso de outra organização e, se este aceitar, um dos dois será o bi-campeão mundial. Também poderá lutar com o titular de até três outras entidades e, se vencer, acumulará 4 títulos mundiais, (tetra-campeão).

          Dois bons exemplos são: Lennox Lewis, tri-campeão dos peso pesados e, Roy Jones Júnior, tetra campeão no meio pesado. Mas para chegar a campeão mundial há uma longa caminhada a se fazer! Todos atletas começam a competir como amadores, lutando de capacete e quase sempre em 3 rounds de 2 minutos, em competições sem premiação em dinheiro e nas quais pagam inscrição para participar que varia desde R$ 20,00 até R$ 50,00 ou mais, (essas competições amadoras são fundamentais para o desenvolvimento e amadurecimento do atleta, servindo também para que ele seja conhecido em sua região e encontre um patrocinador que financie seu treinamento ou que lhe de algum tipo de ajuda de custo). O sucesso de um pugilista depende, primeiramente, de um promotor ou representante. Um consciente sabe que as 20 lutas iniciais de seu lutador (desde que o lutador demonstre "fibra" de campeão) devem ser contra rivais que não apresentem muito risco, de forma que ele conquiste o primeiro título sem enfrentar muita resistência, (porém muitas vezes isso não é possível). Isso porque, no mundo do boxe, o importante é fazer cartel. A capacidade e o talento do lutador também determinará a sua ascensão ao estrelato lutando com outros campeões mundiais e arrebatando-lhes o título. Nesse caso, a estratégia do promotor também é determinante para identificar onde, quando e com quem começar.


fonte: academia K1

Aurélio Miguel

O começo de Aurélio Miguel como judoca não foi muito fácil. Vestiu seu primeiro quimono obrigado pelo pai, o catalão Aurélio Marin. Pisou no tatame por determinação do pai e orientação médica, para safar-se de problemas respiratórios. Foram tempos difíceis para o garotinho de apenas quatro anos. Depois de freqüentar a academia do São Paulo F.C., até hoje seu time preferido, passou a treinar na academia da Vila Sônia do "sensei" Massao Shinohara, onde se exercita até hoje. Tem pelo velho mestre um incrível respeito e a ele credita muito do que sabe.

A segunda dificuldade enfrentada por Aurélio Miguel no judô foi durante as primeiras competições. O atleta, então com sete anos, detestava a idéia de disputar torneios. "Ficava horrorizado. Escapava como podia. Mas meu pai era duro e exigia", lembra o campeão olímpico de 88 (medalha de ouro no meio-pesado nos Jogos Olímpicos de Seul). Além dos treinos na academia, o Seu Aurélio passava a lição de casa para os filhos Aurélio Miguel e Carlos Augusto. "Tínhamos que fazer ginástica no quintal. Se não fizesse, o couro comia", recorda.

Aos poucos Aurélio Miguel foi se acostumando ao judô e, em 72, conquistava seu primeiro título: campeão pré-mirim do Torneio Budokan. Foi campeão paulista da categoria diversas vezes, lutando na categoria pesado. Nos anos seguintes somaria inúmeros títulos regionais e nacionais. Em 1980 já era agraciado como o melhor judoca do estado de São Paulo.

O primeiro título internacional de Aurélio Miguel foi conquistado na Finlândia em 82. Ficou com o segundo lugar por equipes no Campeonato Mundial Universitário e, logo em seguida no Chile, tornou-se pela primeira vez campeão pan-americano adulto no meio-pesado. Foi neste ano que o judoca cumpriu seu primeiro estágio no Japão (30 dias).

No ano seguinte, em Porto Rico, Aurélio Miguel sagrou-se campeão mundial na categoria júnior. Foi o vice nos Jogos Pan-americanos de Caracas, campeão sul-americano e considerado pelo Comitê Olímpico Brasileiro o melhor judoca do país em 83. Encerrou a temporada com mais 30 dias de treinos no Japão.Em 84 Aurélio Miguel descobre o Circuito Europeu, fato que teria incrível importância no desenvolvimento de seu judô e de diversos outros atletas do Brasil. Todos os anos, em diversos países europeus durante o inverno (janeiro, fevereiro e março), são realizados campeonatos de judô reunindo atletas de todos os continentes. Aurélio foi o primeiro brasileiro a participar deste "tour". Não são competições oficiais, mas são programadas para que um atleta (ou equipe) possa contar com um torneio a cada fina de semana sem a necessidade de grandes locomoções.

Em 84 Aurélio Miguel ganhou quatro medalhas de bronze no Circuito (Hungria, Tchecoeslováquia, Alemanha e Hungria), foi vice na Inglaterra e campeão na Bélgica. Naquele mesmo ano enfrentou 60 dias de estágio no Japão. Ainda naquele ano Aurélio conquistou mais um título mundial: na França, venceu o Mundial Universitário no meio pesado, além de ficar em terceiro na categoria absoluto. Foi eleito o melhor atleta do ano pelo COB, além de outros títulos internacionais, nacionais e regionais. Por questões politicas com a Confederação Brasileira de Judô, foi cortado da equipe olímpica que participou dos Jogos de Los Angeles.

No ano seguinte Aurélio Miguel foi mais econômico em suas conquistas. Mesmo assim, venceu o Pan-americano em Cuba, foi terceiro na Copa do Mundo da França, vice nos Jogos Mundiais Universitários de Kobe (Japão) na categoria meio-pesado e terceiro no absoluto da competição, além dos títulos regionais e nacionais. Passou 45 dias treinando no Japão.

Em 86 o judoca estagiou três meses no Japão na Universidade de Budo. Conquistou a terceira colocação na importante Copa Jigoro Kano naquele país. Campeão Brasileiro universitário no meio-pesado e vice no absoluto, contundiu-se, ficando fora do Mundial Universitário, disputado em São Bernardo do Campo (SP). Ficou algum tempo parado após sofrer uma cirurgia no ombro direito.

Depois de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 87 (Indianápolis - EUA), Aurélio Miguel ficou em terceiro no Mundial de Essen (Alemanha). No mesmo ano venceu a tradicional Copa Ramón Rodrigues, disputada em Cuba. Em 87 Aurélio não foi ao Japão, depois de cinco anos consecutivos de estágios naquele país.

A maior conquista de Aurélio Miguel e do judô brasileiro aconteceu em 88, nos Jogos Olímpicos de Seul. Venceu na luta final da categoria meio-pesado ao alemão Marc Meilling, ficando com a medalha de ouro olímpica. Naquele mesmo ano ele havia conquistado três medalhas de ouro no Circuito Europeu (Bulgária, Alemanha e Hungria), uma de prata (Paris), além de vencer o Pan-americano na Argentina, o Torneio Internacional de Leonding (Áustria) e ficar em terceiro em Tblisi (então União Soviética). Estagiou 30 dias no Japão antes dos Jogos Olímpicos.

Depois de se afastar em 89 das competições oficiais por divergências com a direção da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Aurélio, com intermediação da Secretaria de Esportes da Presidência da República, passou, em 91, a negociar sua volta aos tatames. A principio descartou qualquer possibilidade de acordo, mas curvou-se aos argumentos apresentados por Bernard Rajzman, então Secretário. Sonhando em dar seqüência a sua vitoriosa carreira, aproveitou para apresentar uma série de reivindicações que beneficiassem a maioria dos judocas brasileiros.

Depois de muitas reuniões e discussões, o acordo foi fechado no início de 92. O judô brasileiro ganhou uma seletiva justa para a formação de sua equipe olímpica, fato até então inimaginável para judocas. A volta de Aurélio Miguel e de seus companheiros de luta às atividades internacionais pôde ser sentida nas Olimpíadas de Barcelona, mesmo com os atletas estando fora de suas melhores condições físicas. Um deles, Rogério Sampaio, foi ouro na categoria meio-leve.

Em Barcelona, terra de seu pai, Aurélio Miguel não foi bem. Já sentia os problemas que culminariam com uma cirurgia no ombro esquerdo, em novembro de 92. De volta às competições internacionais, sagrou-se vice-campeão mundial em Hamilton (Canadá), em setembro de 93. Em 94 iniciou uma forte preparação para o futuro, passando até por uma cirurgia no joelho esquerdo para sanar uma lesão que o incomodava há anos.

Já recuperado, adiou o sonho de conquistar o único título oficial que ainda não possui - o do Campeonato Mundial - e não foi à disputa no Japão em outubro de 95. O único obstáculo que o atleta enfrentava era a falta de patrocínio. Casado e com dois filhos, o judoca precisava de apoio para seguir treinando. Com o apoio da Embratel, Aurélio partiu com tudo em busca do sonho maior: ganhar o bicampeonato olímpico em Atlanta. Dedicou-se como nunca aos treinos. Perdeu quase 20 quilos para enquadrar-se na sua categoria de peso (até 95 quilos). Viajou para a Europa, "internou-se" por mais de 30 dias no Japão, onde sempre buscou inspiração para suas conquistas. Desembarcou em Atlanta com o estigma de vencedor.

"Em uma Olimpíada, ganhar bronze ou ouro significa muito. É apenas uma questão de detalhes", diz sempre Aurélio Miguel. Quis o destino que o campeão de Seul subisse novamente ao pódio, desta vez para colocar no peito a medalha de bronze. E como ele comemorou essa conquista! Incentivado pelo bronze, o atleta se colocou diante de novo objetivo: conquistar em Paris, o título do Campeonato Mundial, o único importante que ainda não conseguiu. "Quero fechar o 'Grand Slam'. Só falta o Mundial", avisou na ocasião. Em outubro de 97, quase atingiu a glória proposta. Lutando como um garoto, chegou à disputa pela medalha de ouro. Ficou com a de prata, inconsolável diante da atitude da arbitragem na luta final. Seu adversário, o polonês Pawel Nastula usou o judô negativo, fugindo do combate o tempo todo. "Agiu assim, contrariando o que determina a Federação Internacinal de Judô e não foi punido pela arbitragem. Eu, não tenho nenhuma dúvida, lutei melhor que ele" desabafou Aurélio após colocar no peito a terceira medalha que conquistou em um Mundial de três que participou.

O judoca não desistiu. Houve mudanças nas regras e sua categoria passou a ser até 100 quilos. Agora, o judoca enfrenta verdadeiros gigantes. No Mundial de 99, na Inglaterra, após um tempo sem preparação adequada, Aurélio Miguel não se apresentou bem. Colocou então como seu objetivo principal batalhar pela segunda medalha olímpica de ouro. Passou a treinar como um touro. Já havia programado viagens e competições. Nem o fim de seu casamento depois de mais de dez anos, impediu que seu trabalho perdesse ritmo. Mas outra contusão quase colocou um ponto final em sua carreira. No dia 15 de fevereiro de 2000, no Hospital Albert Eisntein, Aurélio enfrentava delicada cirurgia no joelho direito. Sob os cuidados da equipe do ortopedista Wagner Castropil - judoca companheiro no levante de 89 e da seleção olímpica de 92 - entregou-se a um trabalho intenso de recuperação.

Depois de competir muitos anos por São Caetano do Sul (SP), Aurélio passou a lutar em 99 pelo Rio de Janeiro, competindo pelo CR Flamengo. Com o apoio de Prefeitura, da R9 e do clube carioca, contou com as condições para se recuperar da cirurgia em tempo recorde. Entrou para as seletivas de agosto de 2000 em boas condições de fôlego e psicológicas. Entretanto, não teve o tempo que desejava para aprimorar sua condição técnica e física. Enfrentou na briga por uma vaga na equipe olímpica a cinco judocas seus conhecidos: Joseph Guilherme, Marcelo Figueiredo, Daniel Dell'Aquila, Mário Sabino e Alex Mattos. "Quero ser bicampeão olímpico. Depois vou em busca daquela medalha que ainda não consegui, a única: a de campeão mundial", disse na ocasião. Mas Aurélio não conseguiu a vaga que acabou com o bauruense Mário Sabino.

Após as mudanças ocorridas na CBJ em 2001, com a saída da família Mamede do poder, Aurélio Miguel traçou novos planos para sua vida. Deixou o tatame, mas não abandonou a luta. Sua nova área de combate é a política. O campeão olímpico decidiu seguir lutando pelo esporte através da política. Já em 2002 foi candidato à deputado federal pelo PPS. Não foi eleito, mas somou importantes experiências. Em 2004, decidi disputar uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo. Inscrito pelo Partido Liberal (PL), foi eleito com 38.419 votos, sendo o 26º mais votado dos 55 vereadores escolhidos. "Continuo o mesmo. Estou determinado a trabalhar pela saúde, educação e esporte. Creio que esse é o caminho para se construir uma sociedade mais justa e formar cidadãos", declarou o vereador com mandato até 2008.
Perfil do Atleta
. Nome: Aurélio Fernandez Miguel
. Nascimento: 10 de março de 1964, em São Paulo
. Pais: Miguel Marin (industrial) e Maria Catalina F. Miguel (falecida)
. Instrução: 2º ano de Adm. e Ciências Contábeis (Faculdades Santana)
. Altura: 1m82
. Manequim: 46 (calças); 5 (camisas) e 43 (sapatos)
. Esposa: Michele, economista
. Filhos: Marco Aurélio e Beatriz
. Início no judô: em 1968, no São Paulo F.C. por problemas de saúde
. Início em competições: aos sete anos, na Academia de Vila Sônia
. Clube A.A.Guaru
. Prep. Físico: Mário Hata
. Ortopedista: Dr. André Pedrinelli, Dr. Arnaldo Amado Filho e Dr. Wagner Castropil
. Professores: Massao Shinohara (o primeiro), Luiz Shinohara, Ikuo Onodera, Chiaki Ishii e Walter Carmona
. Principais golpes: Uchi-mata (técnica de pernas), Tai-otoshi (técnica de braço) e O-uchi-gari (técnica de pernas)
. Endereço: São Paulo - S.P.
. Principais títulos:
- Campeão Olímpico de Seul (88) - Coréia do Sul
- Medalha olímpica de bronze em Atlanta (96)
- Campeão Mundial Júnior (83) - Porto Rico
- Campeão Mundial Universitário (84) - França
- Campeão Jogos Pan-americanos (87) - Estados Unidos
- Campeão Pan-americano: 82/85/86/88/92/96 e 97
- Vice-campeão Mundial em 93 ( Canadá) e 97 (Paris)
- Medalha de bronze no Mundial de 87 (Alemanha)
- Bicampeão Open dos EUA (93 e 94)
- Eleito melhor do século pela UPJ e um dos 50 maiores pela FIJ
Perfil do Político
- Eleito para o primeiro mandato de Vereador em Outubro de 2004
- Lider da bancada do PL na Câmara Municipal de SP

Leia Mais...


fonte: AM

Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ...

Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.

Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.

Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.

Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.

Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.

Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.

fonte: CBJJ